Os 13 tipos de violão mais populares pra você escolher o seu!
O violão, com certeza, é um dos instrumentos mais tocados no Brasil. É um instrumento de fácil transporte, possui uma boa acústica e pode ser muito barato. Selecionamos os 13 tipos de violão mais comuns encontrados no mercado e algumas características de cada um pra você escolher qual é o melhor pra você. Vamos lá!
Vá direto para o que te interessa:
Violão Clássico
O violão de corte clássico geralmente tem duas características principais: é leve e possui cordas de nylon.
Esse é um dos modelos de violão mais indicados para iniciantes no instrumento pois as cordas são mais macias do que as de aço, o que faz com que ele seja mais confortável pra quem está aprendendo. A sonoridade acústica dele é bem projetada, com isso você não vai precisa de caixa de som ou amplificador pra ouvi-lo.
Não se engane: dizem que esse tipo de violão é muito barato, mas realmente depende muito da marca e da qualidade do modelo. Procure pelo custo-benefício. Se você não tem prática ou vai tocar o violão apenas por hobby, prefira um de marcas nacionais como Tagima ou Giannini. Se você pretende tocar profissionalmente ou já faz shows semanalmente, o ideal é investir num bom violão que possua sonoridade mais profissional. Marcas nacionais também produzem violões de ótima qualidade, no entanto as mais conhecidas com certeza são Takamine, Godin e Taylor por seu renome mundial.
Os estilos de música mais tocados com esse modelo são bossa nova, samba, MPB e música clássica e erudita. Gilberto Gil, Maria Gadú, Djavan, Angela Muner, Milton Nascimento e Elodie Bouny são algumas artistas que usam esse violão.
Violão 7 cordas
O violão de 7 cordas brasileiro é muito parecido com o violão clássico. Possui cordas de nylon, formato do corpo como o clássico e afinação quase idêntica, porém possui uma diferença fundamental: a sétima corda mais grave, geralmente afinada em Dó ou Si.
Seu braço também é um pouco mais largo do que o do violão clássico para sustentar a sétima corda.
Quando introduzido no Brasil no século 19 suas cordas eram de aço, mas logo foi modificado para cordas de nylon e usado em estilos como o samba, o choro e o pagode.
A grande vantagem desse modelo é a característica sonora que os baixos trazem. Com a sétima corda é possível tocar notas mais graves que são usadas muito em contratempos nesses estilos musicais.
Um dos artistas que utiliza muito esse modelo atualmente é o violonista erudito brasileiro Yamandu Costa. Outros nome muito importantes são Carlinhos 7 cordas e os irmãos Valdir Silva e Valter Silva.
Folk
Temos o costume de chamar o modelo Dreadnought de violão folk, mas na verdade qualquer violão com cordas de aço já é considerado um violão folk. As cordas de aço dão uma sonoridade mais brilhante pro violão. Esses modelos são indicados pra gêneros como rock, pop rock, sertanejo, blues e country. São eles:
Dreadnought
Esse modelo foi desenvolvido pela C.F. Martin na década de 1910 nos Estados Unidos e é um dos modelos mais famosos hoje no Brasil. O termo dreadnought se refere à “navios de guerra” visto que é um violão robusto, maior do que os modelos clássicos o que lhe caracteriza com um som mais alto e encorpado. Isso facilita com que seja ouvido se tocado junto com banda e dá um timbre bonito nos médios-graves.
Muitos fabricantes usam como padrão que o braço seja preso ao corpo no 14º traste. Esse modelo possui a base e os “ombros” mais achatados do que o violão clássico e sua caixa de ressonância é bem maior.
Os da marca Martin também são conhecidos como D-size (tamanho D, de Dreadnought). Seus modelos possuem a letra “D-“ seguida por um número como “D-18”e “D-45”. Essa numeração é usada pra identificar a decoração dos instrumentos: quanto maior o número, mais ornamentado é o violão. Os modelos da Gibson são chamados de Hummingbird. No Brasil temos fabricantes como Tagima e Giannini.
A marca norte-americana Gretsch desenvolveu uma edição especial que une o modelo folk dreadnought ao Rancher, olha só que beleza:
Alguns artistas que escolheram o dreadnought e coroaram sua sonoridade foram Bob Dylan, Joni Mitchell, Johnny Cash e Neil Young.
Jumbo e Mini Jumbo
Assim como os Dreadnoughts, o modelo Jumbo é conhecido por ser um violão grande e de alto volume. Se diferencia do modelo anterior por ser mais arredondado e sua caixa de ressonância ser maior, fazendo com que possua mais volume e sustain além de mais resposta nos médio-graves e um som afiado nos agudos, o que lhe dá destaque quando tocado com outros instrumentos.
É amplamente usado no folk, rock e na música country estadunidense, foi consagrado nas mãos de Elvis Presley e ainda é muito tocado nos dias atuais como artistas como Taylor Swift. No Brasil é principalmente usado no sertanejo profissional entre outros estilos que requerem esse tipo de sonoridade. É um ótimo modelo para fazer solos e tocar com banda.
Esses violões podem ser de difícil adaptação para algumas pessoas por causa de seu tamanho e peso, sobretudo se for tocado por longos períodos.
Uma opção é o modelo Mini Jumbo: um violão de estrutura muito parecida porém proporcionalmente reduzida. Seu corpo não é tão espesso e pode ser encontrado com cordas de aço ou nylon. São perfeitos pra quem está aprendendo pois além de serem menores e mais ergonômicos, podem ser mais em conta, como os modelos da Michael e da Phoenix, fabricantes nacionais.
Flat, Semi-flat e Silent
Os violões flat e semi-flat são modelos que possuem a caixa de ressonância bastante estreita, fazendo com que não gere volume alto, necessitando então de amplificação. Por esse motivo eles são majoritariamente eletroacústicos.
São perfeitos para o palco pois, com sua caixa de ressonância reduzida, causam muito menos problemas de realimentação (feedback) do que os modelos Folk Dreadnought e Jumbo, por exemplo, que se usados amplificados no palco precisam de um anti-feedback, porém esse acessório pode anular muitas frequências características desses modelos.
Vemos artistas como Ana Carolina, Lenine e Seu Jorge utilizarem muito esses modelos em seus shows pois além de muito confortáveis possuem ótima sonoridade sendo na sua maioria violões já de padrão profissional como os modelos da Godin.
Por sua vez o modelo Silent é um violão um tanto curioso. Ele não possui caixa de ressonância mas somente um corpo estrutural que imita um violão e necessita de amplificação. Tanto esse modelo como o flat e semi-flat são muito confortáveis e favoritos entre artistas profissionais por serem muito leves e ergonômicos, podendo ser tocado por horas sem que force os ombros e costas da pessoa instrumentista.
Violão 12 cordas
Sua origem ainda é pouco conhecida. Apesar disso há possibilidade de que tenha sido criado nos Estados Unidos por imigrantes mexicanos ou italianos pois essas duas nações já possuíam instrumentos parecidos com o violão, porém com mais cordas, em suas culturas.
Esse modelo possui uma afinação um tanto curiosa, mas não muito diferente dos outro violões: As 6 cordas tradicionais são afinadas como de costume em E, B, G, D, A e E. As cordas adicionais, por assim dizer, recebem afinação uma oitava acima em G, D, A e E e as cordas E e B são uníssonas com as cordas tradicionais.
Muitas pessoas se deparam com tantas cordas e se assustam, mas observe que não há tanta diferença do violão tradicional. Realmente aprender a apertar e tocar duas cordas ao mesmo tempo não é tarefa simples, contudo essa configuração lhe confere uma sonoridade incrível semelhante ao efeito de chorus, dando impressão de uma ambiência somada ao um violão de 6 cordas. Vale a pena!
Como 6 cordas são “adicionadas”, toda a parte estrutural e de tensão do violão devem ser reforçadas, por essa razão são violões muito resistentes e possuem o braço mais largo, mão e pontes adaptadas para suportar o maior número de tarrachas e pinos e seu corpo é muito parecido com o modelo Dreadnought.
Parlor
O nome Parlor se refere aos violões de tamanho menor do que os violões Martin Concert número 0. São violões pequenos, de fácil transporte e podem ser encontrados com cordas de aço ou nylon. São perfeitos pra quem se locomove bastante com seu violão já que são leves e compactos e possuem boa resposta nas regiões médias e agudas.
Seu tamanho faz com que o volume que ele produz não seja muito alto, sendo necessário serem amplificados ou microfonados se tocados com banda. São violões de pouco volume e por essa razão são usados em shows acústicos e intimistas, como as performances de Joan Baez, compositora americana que usa seu Parlor até os dias atuais.
Auditorium e Orchestra
Esses três modelos são muito parecidos pelo corte: arredondado e com a curva mais acentuada na cintura do corpo. A parte que encaixa com o braço é bem mais estreita do que a base, podendo mudar um pouco conforme o fabricante. Algumas marcas não fazem distinção entre o Auditorium e o Orchestra pois realmente são modelos muito parecidos.
São indicados tanto para dedilhados e harpejos quanto para ritmos e batidas com palheta de força média pois seu formato produz notas claras e bem definidas especialmente nos médios. Essa definição nas notas faz com que seja muito usado por compositores que cantam e tocam e para louvor de igreja.
Um grande exemplo clássico de sonoridade do Auditorium é a performance de Eric Clapton no MTV unplugged de 1992 do sucesso Layla.
Concert
O modelo Concert é um meio termo entre o Parlor e o Auditorium no quesito tamanho e formato da caixa. Possui um som agudo e brilhante e sua cintura mais fina lhe dá maior definição de som.
Por ter o corpo menor (é maior do que o Parlor e menor do que o Auditorium) produz menos volume e menos frequências graves e médio-graves, sendo perfeito para dedilhados. Graças a sua forma mais arredondada e definida, é um modelo mais confortável do que o modelo Dreadnought.
Resonator Guitar
Um violão ressonador produz som de um jeito um pouco diferente dos violões comuns. Ao invés das cordas estarem presas diretamente nas tarraxas e ponte, no violão ressonador elas também são presas em um rastilho que faz contato com um ou mais cones de metal (os ressonares) que ficam dentro do corpo do violão.
Possui muitas variações dentre as marcas que o produzem, podendo ter o corpo completamente de metal, de metal e madeira, ou até mesmo de outros materiais.
Esse modelo foi originalmente projetado para ser mais alto em volume do que os violões acústicos normais, também mantém mais sustain e tem um som distinto, conseguindo ter mais destaque em frequências médias. Os gêneros que mais usam essa sonoridade são o bluegrass e o blues.
E aí? Qual o seu modelo preferido?
Viu algum aqui que ainda não conhecia?
Os modelos desse post são os mais comuns e mais encontrados no mercado brasileiro. Ainda assim, existe uma infinidade de modelos de violão que vale a pena pesquisar e procurar saber mais sobre. O violão é um instrumento fascinante!
Eu fico por aqui! Se você ficou com alguma dúvida escreva pra gente!
Até mais!